A noção nos dias atuais de saúde mental, conforme delineada
pela ONS, propõe uma visão holística que vai
além da simples ausência de transtornos mentais. Esta concepção se fundamenta
no estado de completo bem-estar, no qual o indivíduo possui a habilidade para
gerir suas capacidades cognitivas e emocionais, enfrentar as adversidades
cotidianas, atuar de maneira produtiva e oferecer contribuições significativas
à sua comunidade (Organização Mundial da Saúde, 2001). Tal perspectiva enfatiza
a importância da resiliência e da capacidade de construir relações
interpessoais enriquecedoras e encontrar propósito e significado na existência.
No cenário
ocupacional, a saúde mental dos empregados
adquire uma relevância ainda mais acentuada, dada a influência substantiva do
ambiente de trabalho no bem-estar psicológico dos colaboradores. De acordo com
relatórios recentes da OMS (2019), a competitividade exacerbada nos ambientes
de trabalho é apontada como uma fonte primária de estresse ocupacional, o qual
não só afeta negativamente a saúde mental dos empregados, mas também impacta a
eficiência produtiva e a harmonia no ambiente organizacional. Estima-se que
cerca de 20% da força de trabalho global esteja lidando com algum tipo de
problema de saúde mental, resultando em implicações diretas como o aumento do
absenteísmo, a redução da produtividade e a deterioração do clima
organizacional (Organização Mundial da Saúde, 2019).
Elementos como a organização do trabalho, a presença de
lideranças autoritárias, falhas na comunicação entre os membros da equipe, a
intensificação do ritmo de trabalho e a pressão por resultados superlativos
emergem como fatores que exacerbam o risco de problemas de saúde mental entre
os trabalhadores. Além disso, a prática do assédio moral, definida pela
exposição do empregado a situações de degradação e humilhação constantes e
prolongadas, perpetradas por superiores ou colegas, constitui um risco grave ao
equilíbrio psicológico, podendo desencadear distúrbios psíquicos graves.
Diante desta realidade, é essencial que as empresas promovam
a educação em saúde mental, capacitando seus funcionários a reconhecer sinais
indicativos de distúrbios psicológicos como a depressão, caracterizada por um
estado persistente de melancolia, desesperança, desinteresse por atividades
anteriormente prazerosas, alterações no apetite e nos padrões de sono. A
criação de um ambiente laboral que encoraja a expressão aberta sobre questões
emocionais, a procura por suporte psicológico e a adoção de hábitos de
autocuidado e flexibilidade diante das mudanças, é crucial para o
estabelecimento de uma cultura organizacional que priorize a saúde mental
(American Psychological Association, 2020).
Assim, a gestão da saúde mental no ambiente de trabalho
requer uma estratégia integrada que inclua a prevenção, a detecção precoce de
problemas psicológicos e a implementação de políticas de intervenção e apoio,
fundamentadas em pesquisas científicas e práticas recomendadas por organizações
líderes no campo da psicologia organizacional e saúde ocupacional. A
implementação de políticas de saúde mental conscientes e inclusivas não somente
favorece os trabalhadores individualmente, mas também promove a sustentabilidade
e o êxito organizacional a longo prazo.
Psicólogo e Psicanalista Alessander Capalbo
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